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O 15 passos começou por acaso e sorte. Era pra ser um outro projeto, onde eu apenas pretendia registrar a decadiencia da Rua Augusta (São Paulo). Então fiz uns testes com minha companheira Fernanda e, quando perguntei pro artista Rafael Lain sua opinião, as respostas abriram outras possibilidades. E isso mudou o rumo das coisas.
 
Desde 2013 fizemos 6 caminhos: a Rua Augusta Street, o Brooklyn Park em New York, a Praia de Toque-Toque Beach (São Sebastião), a Feira Tristán Navaja em Montevidéu (Uruguai), a Praça da Matriz in Pirassununga (São Paulo) e o Minhocão (São Paulo), um elevado que fecha para carros nos finais de semana e as pessoas aproveitam pra se divertir.
 
Para finalizar, um texto escrito por amigos para descrever a sensação do 15 passos:
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A experiência de pertencimento é repleta de frustrações e adaptações. A memória conecta eventos e lugares. “Eu estava lá quando isso aconteceu”. A memória conecta pessoas. “Eu estava lá com ELA quando isso aconteceu”. A memória precisa de apoio, de algo pra se segurar. A idéia de pertencimento está ligada ao ato de revisitar eventos, pessoas ou lugares. A cidade é mutante por excelência. Tudo o que está erguido será ou foi derrubado, reformado, revestido. O movimento urbano humano interfere no olhar, assim como as ações da natureza (a luz, a cadência das ondas, o instável do vento) transformam cenários.

A referência maior que fica é o afeto, o outro que caminha ao meu lado, que testemunha comigo minhas mutações e as da paisagem. Ele é o meu ponto de referência e eu o dele. É o outro como placa, fachada, parque, prédio, monumento. Se essas imagens repelem a idéia de movimento, os quinze passos dinamizam o papel do outro em atrito com os obstáculos da cidade, do caminho.
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Cada 15 passos é um percurso do casal retratado no contexto das mudanças no espaço, das interferências, dos pontos de vista, e do próprio “outro”. (Minon Pinho e Marco Del Fiol)
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Ronaldo Miranda, 2016
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